quarta-feira, 16 de setembro de 2009

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sangria

Eu, poeta, vivo de variantes ilusões...
Todas enriquecidas por mirabolantes fantasias...
Atuam às vezes na calmaria, meditações,
As mesmas que antes eram asfixias!

No silêncio de escuras noites,
Vejo-te nos meus pensamentos ávida de carinho...
A tua ausência vira açoites,
Quando a realidade focaliza meu vazio ninho!

E a vida segue celeremente o seu destino,
Entristecendo mais o poeta que já sem tino,
Não encontra abrigo em teu coração!

E no firmamento negras nuvens circulam ao léu,
Tornando borrifado o azul do céu,
Causando no poeta mais dor

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Inconfortavelmente Calmo

Seja o porvir mais que uma esperança braçal

Que traga toda doação de um tempo

Seja manifesta a lei da natureza, a obrigação efêmera de voltar a terra

Que ainda o espelho diga não, não, ninguém é tão humano quanto nós...

Estrela sem etnia

Todas por uma.; cada brilho por uma estrela cadente

Umas escondidas, outras clarentes, desviando de cada raio lunar

Densas, algumas chamam atenção no brilho, outras desavisadas, se mostram por constelações

Meu olhar vespertino transmuta a veracidade do toque

Oxalá tivesse tuas palavras perto, como essa estrela...

E se, maquinando todas minhas engenharias colocasse tua semente numa delas onde somente eu pudesse alcança-la?

Então numa prece integra à todos seres, diria que sou teu profundamente !

Pois que continue caminhando por anos-luz

Toda distância que nos separava agora são apenas passos

Desvendei por interrogações teu segredo, aquele meu íntimo segredo

Faz parte da constelação que trilha o caminho para a minha paz...

domingo, 13 de setembro de 2009

Pedaços do 1

A mais dolorosa forma de solidão é aquela que mesmo acompanhado, sente que o coração continua só

Pequeno Evento

Para saber se é você, devo sentir que finalmente voltei para casa e encontrei o meu lar....
E, desta vez, não deve ser tudo como eu quero, mas tudo como deve ser..
Tu não me trarias tranquilidade, nem segurança, mas me mostrarias o quanto eu sempre fui tranquilo e seguro......
Mas como reconher você? talvez da forma mais improvavel....e até sem perceber....
Seus olhos seriam a razão dos meus sorrisos....
Não nascemos um pro outro, apenas nascemos para sermos nós, envoltos em nossa empatia e ritmo e agraçados por nossa gemea perspectiva....
Poderemos nos presentear com nossas verdades e diferenças, e poderemos nos dar o prazer de sermos, na mais literal tradução deste ser....
Mas antes preciso me encontrar, pra te dizer aonde estou....

Ironia

Caminhemos com nossas ironias, que nos fazem rir do incerto e duvidar do real...

Entre risos e lágrimas ilustrando que opiniões não existem e que fatos são metáforas....

Vislumbremos este picadeiro, recepcionando o nascer do sol, sempre com um traço de sorriso nos olhos...

Olhemos para a tempestade desconfiados como crianças..nos questionando de onde ela veio e para onde ela vai.....

Sejamos nossos sonhos e brindemos nossa saúde...no carrossel de nossa breve existência....

Luz de Lua

Sou muitos anjos, vejo milhares deles sussurando versos inacabados

O nascimento e a morte não me pertencem.; o que existe entre eles é teu

Sei galopar teus ventos, traz pra mim danças maliciosas

Toquei aquele pequeno címbalo, ressoando, espero pacientemente ecoar no teu coração

Estou falando de amor, falando de amor, de amor, amor...

Jardim Budista

Mas há uma árvore - dentre muitas uma -

Um único campo para o qual lancei o olhar:

Falam ambos de algo que se foi...

Existem Estrelas

Trouxe à existência o nome de tua estrela, plena e sem descendência

Abraço o vento na intenção de tocá-la.; várias vidas na sensibilidade de uma luz

Estrada eterna em um caminho que apenas um olho brilha

A ninguém pertence tua voz, tome teu sorriso, deite em vastos mantos, e faça de mim mais só

Batem à porta mas não existem respostas.;

Longas e imprecisas improvisam canções

Sou, sou eu apenas que as ouço...

Hora Marcada

Encontro sua simplicidade facilmente em meu sono

Sonhos profundos que se tornam viciados

São condenados ao retorno, ao eterno, ao intangível

Poupo meus dias porque a noite parece não terminar

Ainda não encontrei seus traços, parecem borrões em tons desconhecidos

Tantos encontros e nenhum envolvimento...


Veludos

Mantos negros cobrem sem marcas seu tênue pensamento

Não sem desculpas toco sua plenitude

Dignas são as mãos de quem existe sem culpa

Sonho, sinto que já conheço esse caminho

Apenas tolos, esses, já ouviram teu nome

Soa e ecoa em bocas, céus não te conheceram

Prazer... sou eu mesmo